Quem ainda não se defrontou com a tarefa de assistir a uma festa de criança? Refiro-me àquela festa de final de ano da escolinha dos filhos ou dos netos. Duvido que alguém não tenha passado por isso.
Imaginem um sábado ou domingo pela manhã, quando o melhor programa é ficar em casa, lendo o jornal, acompanhando um evento esportivo pela TV, ou ainda, praticar uma saudável caminhada pelos parques da cidade. Tudo isso pode ir por água a baixo quando nos vemos compromissados a comparecer a uma apresentação de dança das nossas crianças, não importando se são filhos ou netos.
A primeira impressão que nos vem à mente é aquela aparente chatice de perder o nosso precioso tempo para cumprir tão inócuo compromisso.
Porém é apenas aparência. Da mesma forma que duvido que alguém já não tenha passado por esta experiência, também afirmo que, quem já passou por isso, não tenha saído do evento com outra opinião a respeito.
Será que a aparente insensibilidade de um pai ou de um avô, não se transforma em deleite ao ver uma criança de apenas três anos de idade, cantar o hino nacional? Será que a sisudez de um adulto não permite esboçar um sorriso ao ver a mesma criança cantar uma terna cantiga ou fazer uma oração de agradecimento por apenas permanecermos vivos e com saúde?
É por estas pequenas coisas para um adulto, mas de grande significado quando ditas por uma criança, que devemos refletir sobre as lições que estes pequenos seres nos proporcionam. A ausência de malícia e a pureza de uma criança são fatores em desuso por alguns adultos. Houvesse mais sinceridade, amizade e companheirismo entre os povos, certamente o universo estaria mais unido e as diferenças deixariam de existir.
Portanto, vamos aprender com estas crianças que mesmo não tendo completa noção do bem que estão fazendo a humanidade, precisam ter o apoio daqueles que as cercam, prestigiando sempre as suas atividades, mesmo nos privando de programas dominicais mais interessantes.