A maioria dos companheiros, pelas atividades profissionais que exercem, deve estar habituada ao uso formal da gravata. Duvido que alguém ainda não teve a oportunidade ou mesmo a necessidade de usar tão importante adereço.
O escritor Oscar Wilde, sempre ousado e espirituoso, disse: “Dar um bom nó na gravata é o primeiro passo sério na vida de um homem”. Particularmente, passei toda a minha vida trajando esse acessório, e confesso, gostava de usá-lo procurando sempre combinar o padrão com o terno vestido.
Espera aí, isto não é uma aula de etiqueta! É apenas o intróito para contar uma rápida passagem que ocorreu comigo e uma pessoa da minha família. Posso dizer que é da minha família, pois considero o meu genro como parte integrante dela.
Pois bem, convidado para ser padrinho de casamento de um amigo, recorreu à minha vasta experiência em usar gravatas e me pediu auxílio para ensinar-lhe a fazer o nó. O amável leitor já se viu nessa situação? Ensinar a fazer nó é mais difícil do que fazê-lo, primeiro pela dificuldade em transmitir verbalmente os passos da execução do nó, e segundo pela paciência requerida para executar tal tarefa.
O que fiz? Fiz o nó no meu pescoço e entreguei a ele pronto para ser exibido. Porém, com a curiosidade inerente a qualquer jovem, desmanchou o nó para faze-lo novamente. Imaginem o que aconteceu. Pela falta de hábito, não conseguiu fazer o nó e como eu não estava mais por perto, não teve dúvidas e recorreu a uma ferramenta utilizada internacionalmente para pesquisa e esclarecer dúvidas: a Internet.
Sim, por meio de um site da Internet, talvez o mesmo que consultei para citar a frase do escritor Oscar Wilde, seguiu os passos indicados, e surpreenden-temente, fez um nó melhor elaborado do que aquele que eu havia feito para ele. Foi para a festa de casamento e, com certeza, elogiado pela elegância do seu traje.
Pois é, são fatos como esses que me faz refletir e concluir:
– acho que estou ficando velho…